As crianças com necessidades educativas especiais apresentam dificuldades diversas. Nem sempre é fácil utilizar estratégias adequadas pois cada caso é um caso e muitas vezes as escolas não são capazes de dar respostas face às adversidades e falta de recursos necessários. É importante que exista uma equipa multidisciplinar entre, diretores, professores, psicólogos, terapeutas da fala, ocupacionais e encarregados de educação para que juntos possam equacionar estratégias para cada caso específico. Este processo de ensino aprendizagem deverá integrar adaptações ao nível do currículo, favorecer a participação social e à vida autónoma das crianças e jovens.
A adequação deste processo vai exigir por parte da escola, mudanças na organização de forma a encontrar e desenvolver respostas mais adequadas.
No que diz respeito ao papel dos docentes deverá assentar na realização de estratégias de intervenção mais especializada com planos individuais e se apostar mais na formação especializada de professores para melhor compreenderem as especificidades destas crianças.
A educação especial tem como intuito promover a inclusão educativa e social, o acesso e sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, a promoção de igualdade de oportunidades, a preparação para o prosseguimento dos estudos ou para a adequação na preparação para a vida profissional e transição da escola para o emprego de crianças e jovens que apresentam necessidades educativas especiais de caracter permanente. Não é uma tarefa fácil, pois trabalhar com crianças com necessidades educativas é um processo complexo e desafiante, com dificuldades pelo caminho. Cada progresso destas crianças é uma verdadeira vitória. É essencial criar uma escola na qual todos os alunos da mesma comunidade, sempre que possível aprendam juntos, independentemente das diferenças e dificuldades individuais.
Teresa Dias – Psicóloga
Dezembro 2016 – 2ª Edição